Batu caves, Malásia

Lá dentro é escuro e a dimensão da gruta quase que apaga os pequenos altares. É necessário chegar mais perto para apreciar os detalhes. Apercebo-me que o espaço está repleto de peregrinos. Mais uma vez entre o colorido dos templos, os ornamentos de flores tão comuns na religião indu, detenho-me mais que tudo a apreciar as pessoas e os seus rituais. Quase sem querer estou no meio da multidão e quando dou conta, já o ajudante do templo me colocou um pinta vermelha entre as sobracelhas, proferindo um mantra idêntico ao que tinha acabado de dizer a outras pessoas ao meu lado. Aceno em sinal de respeito, mesmo não fazendo ideia da sua utilidade ou significado. Percebo mais tarde que não era só uma pinta mas sim a marca que é chamada de tilak. Estas apontam o que os hindus acreditam ser um dos pontos mais importantes do corpo, o chamado terceiro olho ou o olho da sabedoria. O facto de estarem pintados simbolizam a busca pela unificação do consciente e do subconsciente que pode ser conquistada através de meditação. Assim, nos ritos religiosos e cerimônias importantes o terceiro olho é destacado com um pó vermelho. As marcas de cores diferentes simbolizam apenas correntes distintas do hinduísmo. A minha foi vermelha.